Estado pretende dobrar leitos de internação para dependentes de bebidas alcoólicas

03/08/2011

O Governo do Estado de São Paulo pretende dobrar em menos de um ano a quantidade de leitos para o tratamento de dependes de álcool – atualmente 200 vagas estão disponíveis. O anúncio foi feito no dia 1º de agosto, durante o lançamento do Plano de Combate ao Álcool na Infância e Adolescência, em São Paulo. “Pretendemos dobrar o número de leitos do próprio Governo e contratar com a iniciativa privada, com entidades que tenham ‘expertise’ para o tratamento do alcoolismo. A ideia é fazer uma grande ampliação de leitos, oferecendo tratamentos independente das idades dos pacientes”, afirma o Governador do Estado, Geraldo Alckmin. No entanto, o foco do programa são os menores de 18 anos, já que estatísticas apontam que, em muitos casos, a dependência do álcool começa ainda na infância. “Há casos de crianças com 13 anos já tomando bebida alcoólica”, afirma Alckmin em palavra. Por isso o plano prevê multas mais altas para estabelecimentos que vendam ou permitam o consumo de bebida alcoólica por crianças e adolescentes. A venda de bebida para menores de 18 anos já é proibida pela legislação federal. Assim, além de multas mais severas, o novo plano prevê a possibilidade de cassação de registro do estabelecimento que não respeitar a nova determinação. “Estamos com a lei estadual encaminhada à Assembleia Legislativo, colocando valores mais altos nas multas e, no caso de reincidência, a possibilidade de cassação do registro da empresa no Estado”, fala o Governador. Quanto à fiscalização, será feita pelo Procon e pela Vigilância Sanitária – mesmo grupo que fiscaliza a proibição do fumo em locais públicos fechados. Ainda o Governo paulista empreenderá a capacitação de professores em 5 mil escolas do Estado. “Os professores vão fazer esse trabalho de intermediação junto aos alunos e aos pais”, declara Alckmin. Conforme estimativas estaduais, problemas relacionados ao álcool são responsáveis por 2 mil internações mensais, 50% dos acidentes de trânsito com vítimas, 60% dos casos de violência doméstica e 50% das faltas no trabalho.
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