Relatório da OMS afirma que álcool mata mais do que Aids, tuberculose e violência

16/02/2011

O abuso do álcool – associado com diversas questões sociais sérias como violência, negligência infantil e abusos, além de faltas ao trabalho, mata mais do que Aids, tuberculose ou violência, sendo responsável por quase 4% de todas as mortes pelo mundo, segundo um estudo divulgado no último dia 11 de fevereiro pela Organização Mundial de Saúde (OMS). De acordo com o documento – o primeiro da OMS sobre o tema em sete anos, a maioria das mortes relacionadas com o álcool são causadas por ferimentos ocorridos em decorrência do abuso da substância. O relatório afirma que o uso abusivo do álcool provoca 2,5 milhões de mortes todos os anos e, em todo o mundo, cerca de 6% das mortes masculinas são causadas pelo álcool, enquanto que nas mulheres o índice é de 1%. Já no grupo com idades entre 25 e 39 anos, 320 mil pessoas morrem por problemas relacionados às bebidas, resultando em 9% das mortes nessa faixa etária. A OMS informou ainda que o álcool prejudica a vida não somente de quem o consome em excesso, mas também dos que se relacionam com essas pessoas. “Uma pessoa intoxicada pode prejudicar outras, colocá-las em risco de acidentes de trânsito ou por comportamento violento ou ainda afetar negativamente colegas de trabalho, parentes e desconhecidos”, afirma o texto. Também a bebida em excesso é um importante fator para problemas psiquiátricos, em males como a epilepsia, e de doenças cardiovasculares, cirrose e vários tipos de câncer. “Ferimentos fatais atribuíveis ao consumo de álcool tendem a ocorrer em faixas etárias relativamente mais jovens”, diz o relatório. EMERGENTES Ainda a organização alerta que o aumento da renda em vários países emergentes, como o Brasil, levou a um maior consumo alcoólico. Por isso o relatório da OMS recomenda que os governos aumentem os impostos sobre o álcool, restrinjam as vendas, adotem políticas de prevenção do alcoolismo e promovam programas de tratamento, além de proibirem a publicidade de bebidas alcoólicas. A entidade afirma também que diferentes grupos étnicos podem ser afetados de forma distinta pelo consumo dessas bebidas. No entanto, a Organização decidiu não estabelecer um limite seguro de consumo de bebidas com álcool, afirmando que deixa esta decisão a cargo de cada país. A íntegra do relatório está disponível no site da OMS, em inglês, no www.who.int.
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